Uma grave denúncia foi tornada pública envolvendo o Guichê Único do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos em Angola. O alerta aponta para a existência de uma alegada rede criminosa operando em conluio com escritórios de advogados e indivíduos que se apresentam como empresários chineses, numa prática que tem afetado negativamente o ambiente empresarial no país.
Segundo a denúncia, estas redes têm manipulado pactos sociais de empresas legalmente constituídas, com o objetivo de afastar sócios legítimos. Através de falsificações e expedientes administrativos irregulares, os grupos têm acessado documentos oficiais e realizado alterações nos registros empresariais, muitas vezes à revelia dos sócios originais.
O esquema inclui ainda o congelamento de contas bancárias das empresas afetadas, seguido da transferência dos fundos para novas empresas controladas pela mesma rede criminosa. Essa prática tem causado prejuízos significativos a empresários honestos, tanto nacionais quanto estrangeiros, que pretendem investir ou já operam no país.
O caso levanta sérias preocupações quanto à credibilidade das instituições públicas angolanas, especialmente no setor da Justiça. De acordo com o denunciante, que assina como Sentinela da Pátria, a atuação dessas redes dentro de estruturas do Estado “coloca em risco o investimento privado, a confiança jurídica e a própria soberania econômica do país”.
O documento é dirigido a diversas entidades nacionais, incluindo:
Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos
Serviço de Investigação Criminal (SIC)
Inspeção-Geral da Administração do Estado (IGAE)
A denúncia exige ações imediatas e concretas por parte das autoridades competentes para desmontar esta suposta organização criminosa e responsabilizar os envolvidos. “O país não pode permitir que redes criminosas operem dentro de instituições públicas com total impunidade”, lê-se no texto.
Este alerta surge num contexto em que Angola tem buscado atrair investimento externo e restaurar a confiança dos agentes econômicos. Casos como este, se confirmados, comprometem os esforços de transparência e legalidade, e exigem uma resposta institucional firme.
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