Elon Musk, o bilionário fundador da Tesla e SpaceX, fez uma declaração importante sobre as relações comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia. Em uma participação esperada na conferência do partido Liga, de Matteo Salvini, em Florença, Itália, Musk compartilhou suas ideias sobre o futuro das tarifas e as relações entre as duas potências. Seu discurso foi uma chamada à reflexão sobre temas como imigração, segurança e a guerra na Ucrânia, além de destacar sua visão de uma parceria mais estreita entre os EUA e a Europa.
Musk fez um comentário otimista sobre as relações comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia, apesar da recente imposição de tarifas por parte do governo dos EUA. O empresário afirmou que, no futuro, espera que os dois blocos alcancem uma “zona de comércio livre”, onde os direitos aduaneiros seriam eliminados. “A minha esperança para o futuro é que possamos ter uma zona de comércio livre, com direitos nulos entre os EUA e a Europa. Mais liberdade para circulação entre a Europa e a América do Norte é fundamental”, afirmou Musk. Para ele, aqueles que querem trabalhar em qualquer uma dessas regiões deveriam poder fazê-lo sem obstáculos. A ideia foi prontamente apoiada por Matteo Salvini, que estava presente no evento.
Durante o seu discurso, Musk também levantou questões sobre a imigração em massa, tema que é central para a Liga de Salvini. O empresário não poupou palavras ao alertar que a imigração descontrolada poderia ser prejudicial para a estabilidade de um país. “A imigração em massa é uma coisa louca e vai levar à destruição de qualquer país que a permita”, declarou. Ele explicou que, se um país, como os EUA ou um país europeu, recebe uma grande quantidade de imigrantes, isso pode transformar a identidade e a cultura da nação. Musk enfatizou que “o país não é a geografia, mas as pessoas que o habitam”, referindo-se ao impacto potencial da imigração nas sociedades.
Além disso, ele alertou para a crescente ameaça de ataques terroristas na Europa. Musk mencionou o aumento de ataques na Itália e em outros países europeus, sugerindo que a mídia estava minimizando a gravidade da situação. Ele previu que, se a tendência continuar, a Europa poderia enfrentar massacres em massa. “Os vossos amigos, as vossas famílias, todos estarão em risco. Os números falam por si”, disse Musk, fazendo um alerta sobre os riscos crescentes à segurança pública.
Musk também abordou o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, defendendo que a guerra precisa chegar ao fim. Em um momento bastante enfático, o bilionário disse que “esta máquina de guerra tem de parar” e criticou aqueles que continuam a apoiar o prolongamento do conflito. Para Musk, a guerra não faz sentido e ele acredita que tanto os soldados ucranianos quanto russos estão sendo forçados a lutar sem um propósito claro. “Chegou a altura de dizer basta. Devemos nos preocupar com aqueles que estão morrendo nas trincheiras, tanto na Ucrânia quanto na Rússia”, afirmou.
Ele também expressou desprezo por aqueles que, na sua opinião, incentivam a guerra para interesses próprios. “Não tenho respeito por aqueles que querem que a guerra continue, sem um plano para o futuro. Isso é cruel e desumano”, concluiu Musk, se alinhando à visão de Matteo Salvini, que tem criticado o plano de rearmamento da União Europeia enquanto defende negociações de paz.
A intervenção de Musk em Florença marcou um momento importante nas relações entre ele e o partido de Salvini, que tem se aproximado cada vez mais do empresário. Essa aproximação parece sinalizar uma possível mudança nas relações com o governo italiano, liderado por Giorgia Meloni, que tem se distanciado de Musk após divergências sobre contratos com a Starlink, a empresa de internet via satélite de Musk.
O discurso de Musk reflete uma visão pragmática sobre os desafios que a Europa e os EUA enfrentam em termos de comércio, imigração e segurança, além de seu posicionamento firme sobre o fim da guerra na Ucrânia. Sua fala gerou discussões intensas sobre o futuro da política internacional e o papel dos líderes empresariais no cenário global.