Na noite de quarta-feira, 29 de janeiro de 2025, uma tragédia aérea abalou os Estados Unidos, quando um avião de passageiros da American Airlines colidiu com um helicóptero militar perto do Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington, DC. A colisão resultou na morte de pelo menos 28 pessoas, e as autoridades já descartaram a possibilidade de haver sobreviventes.
A operação de resgate, que inicialmente visava salvar possíveis vítimas, rapidamente se transformou em uma operação de recuperação, conforme as equipes de mergulhadores retiravam os corpos das águas geladas do rio Potomac. O avião, que transportava 60 passageiros e 4 membros da tripulação, foi encontrado virado de cabeça para baixo e partido em três partes. O helicóptero, que transportava três militares, também foi localizado nas proximidades.
De acordo com o secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, tanto o avião quanto o helicóptero seguiam padrões de voo normais no momento da colisão. A noite estava clara e, segundo Duffy, não houve falhas de comunicação entre a tripulação do helicóptero e o controle de tráfego aéreo. As autoridades confirmaram que o helicóptero estava ciente da presença do avião na área, mas algo ainda causou a tragédia.
“É óbvio que algo deu errado”, afirmou Duffy, enquanto as investigações tentam esclarecer as circunstâncias que levaram ao acidente. O presidente Donald Trump também se manifestou sobre o incidente, questionando os protocolos de comunicação e as condições que permitiram a colisão. A Administração Federal de Aviação (FAA) e outras agências estão conduzindo uma investigação rigorosa para entender melhor o que ocorreu.
Após a colisão, todas as operações de decolagem e pouso no Aeroporto Nacional Ronald Reagan foram suspensas, com helicópteros das forças de segurança sobrevoando a área em busca de possíveis sobreviventes. O aeroporto foi reaberto às 11h da manhã de quinta-feira, 30 de janeiro, após a FAA garantir que as condições de segurança estavam restabelecidas.
Com a confirmação das 28 mortes, este acidente se tornou o mais mortífero nos Estados Unidos em quase 24 anos, superando outras tragédias aéreas de grande escala. Entre as vítimas estavam os ex-patinadores artísticos russos Evgenia Shishkova e Vadim Naumov, que estavam a bordo do avião. O casal, campeão mundial de patinação artística em 1994, estava viajando para participar de um evento nos EUA.
A colisão aconteceu em um dos espaços aéreos mais controlados e monitorados do mundo, a cerca de 5 quilômetros do centro de Washington, incluindo a Casa Branca e o Capitólio. A investigação se concentrará nos momentos finais das aeronaves antes da colisão, incluindo as comunicações com os controladores de tráfego aéreo e o possível erro de manobra do avião de passageiros.
Em meio ao choque, Donald Trump usou suas redes sociais para questionar o que poderia ter sido feito de diferente durante a emergência. “Por que a torre de controle não disse ao helicóptero o que fazer, em vez de perguntar se viam o avião?”, escreveu Trump.
Este trágico acidente traz à memória outro incidente aéreo famoso na região, o desastre do voo da Air Florida, que em 1982 se acidentou no rio Potomac, matando 78 pessoas. Embora as circunstâncias do acidente de 1982 tenham sido diferentes, o ocorrido recentemente destaca mais uma vez os riscos da aviação em áreas densamente monitoradas.
À medida que as investigações continuam, as autoridades buscam respostas que possam esclarecer os motivos dessa tragédia, com um foco especial nas últimas comunicações e manobras das aeronaves antes do impacto. O incidente levanta sérias questões sobre a segurança operacional e os protocolos em vigor para prevenir colisões no espaço aéreo altamente monitorado de Washington.
O país agora aguarda mais informações sobre o acidente, enquanto a comunidade e os entes queridos das vítimas lidam com a perda irreparável.