A recente morte do general Igor Kirillov, de 58 anos, responsável pelas forças de defesa nuclear, biológica e química da Rússia, foi atribuída à Ucrânia. O anúncio foi feito por um alto funcionário do SBU (Serviços de Segurança da Ucrânia), que revelou que a agência de inteligência ucraniana esteve por trás do ataque, embora tenha solicitado anonimato devido à confidencialidade da informação.
Kirillov foi descrito como um “criminoso de guerra e um alvo legítimo” pelos ucranianos, que o acusaram de ordenar o uso de armas químicas proibidas contra as forças ucranianas. A morte de Kirillov aconteceu na segunda-feira, quando ele e seu assistente foram encontrados mortos após uma explosão em frente ao prédio onde o general residia. A explosão foi causada por uma bomba escondida em uma trotinete, que detonou nas proximidades do edifício, matando os dois.
Em resposta ao incidente, Dmitri Medvedev, antigo presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, comentou sobre o ocorrido, sugerindo que, apesar de a investigação ter acabado de começar, “todos sabem o que aconteceu e o que deve ser feito”. Medvedev também se referiu à rápida divulgação das informações sobre o envolvimento ucraniano, reforçando o tom de retaliação russo.
Kirillov já estava sob sanções de diversos países, incluindo o Reino Unido e o Canadá, devido ao seu papel nas operações militares da Rússia na Ucrânia. Sua morte é vista como mais um capítulo no conflito em curso, em que a Ucrânia tem sido alvo de várias acusações da Rússia por supostos atentados.
Em relação ao ataque, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, expressou apoio à Ucrânia, reforçando o compromisso do país em ajudar a combater a agressão russa: “Este é um ato de agressão por parte da Rússia que já dura há muito, muito tempo. Por isso, temos de estar ao lado da Ucrânia neste período crítico”, declarou.
Por fim, a Rússia abriu uma investigação criminal sobre as mortes de Kirillov e de seu assistente, embora este atentado seja o primeiro a ser reivindicado diretamente pelos serviços secretos ucranianos, marcando uma nova fase na série de confrontos e acusações entre os dois países.