Lisboa – O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou recentemente que considera “prematuro” realizar uma visita aos bairros que foram palco dos tumultos nos últimos dias. No entanto, ele afirmou estar a ponderar passar algum tempo nos municípios mais afetados, destacando que, no momento, a prioridade deve ser dada ao Governo.
Questionado sobre a possibilidade de o primeiro-ministro visitar as áreas afetadas pelos confrontos, Marcelo foi categórico ao afirmar que ainda não é o momento adequado. Para ele, a reunião com os autarcas da Área Metropolitana de Lisboa foi um passo essencial antes de qualquer visita.
“Apenas faz sentido [uma visita] quando houver clareza de que os problemas estão a ser devidamente tratados,” explicou Marcelo. O Presidente salientou que a abordagem para resolver as tensões deve ser feita em conjunto com os autarcas e o Governo, e que é preciso aguardar os resultados das investigações para tomar decisões mais concretas.
Apesar de considerar prematura a sua visita aos bairros afetados, Marcelo fez um apelo enfático à paz, serenidade e ordem pública. Segundo o Presidente, os recentes tumultos apontam para problemas sociais e económicos profundos, que precisam ser abordados com uma estratégia de longo prazo.
Marcelo sublinhou a importância de se trabalhar em conjunto para resolver os desafios enfrentados por estas comunidades, pedindo calma e serenidade enquanto o Governo e as autoridades locais tomam medidas para conter a situação e prevenir novos episódios de violência.
Os incidentes dos últimos dias reacenderam debates sobre a segurança e as condições sociais em áreas vulneráveis. Para o Presidente da República, os eventos exigem uma reflexão profunda sobre os problemas enraizados nessas comunidades. Ele defende que apenas com cooperação e soluções estruturais será possível trazer estabilidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas.
Embora ainda seja cedo para uma visita oficial, a ponderação de Marcelo em “passar algum tempo” nos municípios mais impactados reflete o seu compromisso em acompanhar a situação de perto, garantindo que a resposta do Governo e das autarquias seja eficaz e abrangente.