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Luís Montenegro desmente acusações de André Ventura sobre proposta de acordo com o Chega

Lisboa – Em um novo capítulo de disputas políticas, o primeiro-ministro Luís Montenegro negou publicamente as acusações feitas por André Ventura, líder do partido Chega. Ventura afirmou que Montenegro tentou negociar secretamente com o Chega, com o objetivo de garantir a aprovação do Orçamento do Estado para 2025. O primeiro-ministro, no entanto, classificou essas alegações como falsas.

A controvérsia começou durante uma entrevista de André Ventura à CNN, na qual o líder do Chega acusou Montenegro de “mentir” aos portugueses. Ventura afirmou que houve tentativas de negociação entre o Governo e o Chega, supostamente para viabilizar o orçamento, sugerindo até que o Chega poderia ser incluído no Governo como parte do acordo.

Segundo Ventura, Montenegro estaria disposto a ceder espaço ao Chega dentro do Executivo para assegurar a estabilidade governamental. “O primeiro-ministro negociou com o Chega”, declarou Ventura, acrescentando que, apesar das conversas, o partido recusou qualquer acordo que não fosse a longo prazo, em vez de uma solução pontual para o orçamento.

Luís Montenegro respondeu rapidamente às acusações, utilizando a rede social X (anteriormente conhecida como Twitter) para desmentir a versão de Ventura. “O que acaba de ser dito pelo Presidente desse partido é simplesmente mentira. É grave, mas não passa de mentira e desespero”, escreveu o primeiro-ministro, deixando claro que jamais propôs qualquer tipo de acordo ao Chega.

Montenegro reforçou que, em nenhum momento, o Governo buscou uma aproximação com o partido de extrema-direita. Para ele, as declarações de Ventura não têm fundamento e fazem parte de uma tentativa desesperada de distorcer a verdade diante do público.

Não demorou para que André Ventura respondesse à negação de Montenegro. Também através da rede social X, o líder do Chega reiterou suas alegações e acusou o primeiro-ministro de mentir tanto no passado quanto no presente. “É tempo de dizer a verdade aos portugueses! E sabe bem qual é a verdade!”, afirmou Ventura, em tom desafiador.

Na entrevista à CNN, Ventura foi além, declarando que o Chega se recusou a aceitar o acordo por questões de princípio, afirmando que o partido não está disposto a participar de soluções temporárias e que busca um compromisso mais amplo e duradouro, com um acordo de quatro anos.

Esse embate entre Montenegro e Ventura reflete o clima de tensão que tem marcado a política portuguesa nos últimos tempos. A troca de acusações, especialmente em temas sensíveis como a negociação para o Orçamento do Estado, mostra o grau de polarização entre o partido governante e as forças de oposição, como o Chega.

Para Montenegro, manter uma posição firme de não colaboração com Ventura e seu partido é fundamental para se distanciar de movimentos mais radicais. Para Ventura, porém, a oportunidade de entrar no Governo e influenciar diretamente as decisões políticas é algo que ele considera importante, mas que só aceitaria em condições específicas, como um acordo de longo prazo.

À medida que o debate político avança, a opinião pública aguarda para ver como esses desentendimentos afetarão as negociações em torno do Orçamento do Estado e as futuras alianças partidárias em Portugal.