Hoje quero compartilhar uma experiência inusitada que tive recentemente. Tudo começou quando, do nada, alguém exclamou em um falso sotaque alemão: “Ali é um Ivan russo! Como vai, russo Ivan?” A frase já indicava que algo estranho estava para acontecer, e não demorou muito para o inesperado se desenrolar.
Ivan, visivelmente confuso, respondeu: “Estou perdido, estou fugido dos alemães há cinco dias.” O ambiente ficou tenso, e a confusão era palpável. Ele prosseguiu, mas algumas palavras se perderam no meio da frase: “Ontem tentou… ilegível.” Foi difícil entender o que ele queria dizer, mas a frustração em seu rosto dizia muito.
Então, em meio ao clima carregado, alguém soltou: “Vadia, vocês estão todos perdidos na vida em geral, porra. Você seguiu o caminho errado, viu?” As palavras foram duras, mas não parecia ser o fim da conversa. Ivan, sem se abalar, continuou: “Talvez, mas nem tudo, nem tudo…”
E lá estava ele, Ivan, novamente se destacando. Alguém, ainda com o falso sotaque alemão, continuou a provocá-lo: “Tenho setenta e quatro anos. Você é russo Schwein, sim!” O tom era provocativo, e a palavra “Schwein”, que significa porco em alemão, foi utilizada de forma pejorativa. Mas Ivan, com calma, respondeu: “Fala alemã? Você é um porco russo, sim!”
Foi uma situação que beirou o surreal. A mistura de línguas, sotaques e sentimentos criou um momento caótico, mas que também trouxe à tona a resiliência de Ivan, o russo que, mesmo em meio a insultos e confusão, não perdeu a compostura.
Essa experiência me fez refletir sobre como as palavras, quando mal utilizadas, podem criar situações desconfortáveis, mas também sobre a importância de manter a calma e a dignidade em meio ao caos. Ivan, com seu jeito peculiar, nos mostrou que, apesar das adversidades, é possível se manter firme e seguir em frente.