O governo da província do Cunene está sem condições financeiras para ser gestor do canal do cafu, construido há sensivelmente dois anos com objectivo de minimizar a situação dos efeitos da seca que assola a província.
By. Dino Manuel
Em declarações recentes à imprensa local, a Governadora daquela província Gerdina Didalelwa, salientou que o canal está a ser gerido pela empresa construtora e o mesmo (canal) não rentabiliza porque os Homens e Mulheres que possuem terras e cultivam ao longo daquele perímetro irrigado não pagam nenhuma taxa para garantir a manutenção da infraestrutura, facto que está influenciar na pouca produção do canal.
” O grande andicape mesmo do funcionamento de uma boa produção do canal é também não existir ninguém que é gestor do canal. O canal não tem gestão ainda, está nas mãos do empreiteiro chinês que construiu e isto também apresenta -se como uma grande dificuldade, pensamos que temos que ter uma gestão desse canal senão, o que é que vai acontecer ! as pessoas vão trabalhando, não pagam nada, o canal vai assoriando, o governo provincial não vai estar em condições de gerir o canal, custos elevadíssimos, em fevereiro reunimos com sua excelência Ministro do estado para coordenação económica, Ministro da agricultura, Ministro da energia e água para olhar para a problemática da gestão do canal , criou – se uma comissão, a comissão veio para cá trabalhou com as nossas equipes aqui, é muito dinheiro que precisamos para a gestão do canal e não pode ser uma gestão assumida pelo Governo, não teríamos recursos para isso”
Gerdina Didalelwa, disse por outro lado que o empreiteiro vai entregar definitivamente a gestão do canal do cafu ao executivo angolano ainda no próximo ano.
” Tal vez se tivéssemos uma gestão privada e as pessoas que estão ali a produzir contribuíssem com alguma coisa, iríamos para muito mais longe senão, da forma que estamos agora não é a solução e o próximo ano o empreiteiro vai entregar porque so tem três (3) anos para esta gestão. A terra é propriedade do estado e cabe ao estado definir as políticas do uso dessa terra, essa é uma gestão cultural já habitual aqui no cunene e tem de ser desconstruida e sabe que não é tão fácil assim tirar as coisas da cabeça das pessoas “.
Governo do cunene disse não ter condições financeiras para ser gestor do canal do cafu.