Discurso de Biden nas cerimónias do 80.º aniversário do Dia D traça paralelo entre a luta contra o regime nazi e a atual guerra na Ucrânia e avisa que a democracia está em risco.
“Não vamos recuar, não nos vamos render. Isso seria impensável. Se o fizermos, a Ucrânia será subjugada, a liberdade será subjugada e não ficará por aqui. Os vizinhos da Ucrânia serão ameaçados e toda a Europa será ameaçada”, avisou Biden, sublinhado que a democracia enfrenta a maior ameaça desde o final da II Guerra. “O preço da tirania sem controlo é o sangue dos jovens e dos corajosos”, avisou Biden, homenageando os “heróis” que há 80 anos lutaram e deram a vida pela liberdade na Europa.
“Sabiam, sem margem para dúvidas, que existem coisas pelas quais vale a pena lutar e morrer. A liberdade vale a pena. A democracia vale a pena”, afirmou o Presidente dos EUA, lembrando que a democracia “não está garantida”.
“Cada geração precisa de preservá-la, defendê-la e lutar por ela”, apelou perante uma plateia formada por dezenas de veteranos do Dia D, alguns deles já centenários, e vários líderes mundiais, incluindo o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, com quem Biden se reuniu em privado para reiterar o apoio dos EUA à Ucrânia.
Putin ameaça fornecer mísseis a inimigos do Ocidente
Vladimir Putin ameaçou fornecer mísseis avançados de longo alcance aos “inimigos do Ocidente” como retaliação pelo uso do armamento ocidental fornecido à Ucrânia para atingir alvos em território russo. “Seria uma resposta simétrica”, sublinhou o PR russo, que aconselhou o Ocidente a não duvidar das ameaças nucleares russas.