A UNITA, por intermédio de altos dirigentes, sente-se ofendida por as autoridades angolanas a terem excluído oficialmente do programa das exéquias fúnebres do antigo chefe dos serviços de segurança do Gabinete de Jonas Savimbi, Fernando Sambimbi “Begin”, cujas ossadas foram localizadas pela Comissão de Reconciliação em Memória das Vítimas de Conflitos Políticos (CIVICOP), a pedido da família.
Fonte: Club-k.net
Geralmente o programa das exéquias, organizada Ministério da Defesa Nacional e Antigos Combatentes, contempla um espaço para apresentação de condolências das estruturas dos partidos ou organizações da sociedade civil a que os falecidos pertenceram. No caso das exéquias de oficiais ou antigos combatentes do MPLA, como aconteceu com o general Kundi Paihama e outros, as autoridades reservam um espaço para apresentação de condolências dos membros do Bureau Político. No caso das exéquias do general Begin, há apenas o espaço designado “homenagem dos órgãos, familiares, colegas e amigos”.
O mesmo teria acontecido em 2021, nas exéquias do general Demóstenes Amós Chilingutila, antigo ministro da defesa indicado pela UNITA ao tempo do GURN. A UNITA também foi oficialmente excluída do programa. No ano seguinte, por ocasião do re-enterro das ossadas de dois antigos dirigente, Mango Alicerces, e Elias Salupeto Pena, mortos pelas forças fiéis ao governo nos confrontos de 1992, em Luanda, a UNITA prescindiu da CIVICOP, assumindo para si a organização das exéquias no seu espaço no SOVISMO, de acordo com as preferências/tradições do partido e da família.
Fernando Sambimbi “Begin”, antigo soldador que serviu no exército português, desertou em 1974 para se juntar à UNITA, aos 22 anos, fazendo parte da guarda de Jonas Savimbi. Mais tarde, foi promovido a general, ocupando-se dos serviços de apoio e segurança junto ao gabinete do Alto Comandante das FALA. Faleceu de doença, em dezembro de 1998, numa base militar da UNITA, no Bié e foi enterrado num cemitério improvisado ao lado de um familiar de Jonas Savimbi.