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Sul de Angola “pede” programas para mitigar a falta de água “mulheres forçadas a percorrer longos quilómetros”

Escassez de água lembra mulheres a percorrer longos quilómetros a pé em busca do líquido precioso. A seca dos últimos anos na região sul de Angola está a ter um impacto negativo na vida de muitas mulheres nas comunidades rurais, revelam dois estudos publicados recentemente no Lubango, província da Huíla.

A escassez de água que tem marcado o período está a levar a que muitas mulheres, que nas áreas rurais assumem de forma exclusiva o trabalho doméstico de providenciar água às suas casas, sejam forçadas a percorrer longos quilómetros a pé em busca do líquido precioso.

Estudos desenvolvidos através de projetos implementados pela organização não governamental Ação para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) na região permitiram ouvir 175 mulheres nos municípios dos Gambos e Humpata.

O académico e um dos promotores do estudo Josué Chilundulo alerta que é urgente que se efetivem os projetos sociais para se inverter o quadro.

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“Aquilo que se impõe do ponto de vista das salvaguardas sociais, é que o Governo e, se quisermos, as organizações da sociedade civil, desenvolvam um conjunto de projetos que tornem esta população mais resiliente e com maior capacidade de resposta ao fenómeno da seca”, aponta Chilundulo.

Na Huíla, a par das províncias de Namibe e Cunene, estão concentradas as maiores zonas de pastagens do gado do país que também estão a sofrer fortemente com os últimos anos de seca.

O académico Francisco Maiato, que desenvolveu um estudo sobre o mapeamento das áreas de transumância nos municípios da Chibia, Gambos e Humpata, considera fundamental diversificar a criação de gado potenciando os criadores locais.

“Recomendamos também que haja um trabalho muito grande no sentido de potenciar essas comunidades no sentido de terem à sua disposição espécies forrageiras não só gramíneas mas também arbóreas e arbustivas. O desafio está aí, como é que nós vamos reproduzi-las para depois reintroduzir nessas áreas”, sugere Maiato.

A Voz da América tentou sem sucesso ouvir o parecer do gabinete local da Agricultura sobre os projetos em curso para a mitigação dos efeitos da seca nas comunidades,

Organizações não-governamentais desenvolvem na Huíla vários projetos como a construção de cisternas do tipo calçadão, furos com incidência para os municípios dos Gambos, Humpata, Chibia e Quilengues.