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Taxa de mortalidade por malária em Moçambique reduz em 16% mortes em 2023 e arranca vacinação em junho

Ano passado contou com 13,2 milhões de casos diagnosticados.

Lusa
Um total de 356 pessoas morreram vítimas da malária em Moçambique em 2023, uma redução em 16% de óbitos comparado a 2022, anunciou esta quinta-feira o ministro da Saúde, assinalando o início da vacinação contra a doença para junho.

“A nossa felicidade está no facto de termos notado uma diminuição do número de óbitos inter-hospitalares [causados pela malária, comparado a 2022] em que registamos 423 óbitos e em 2023 registamos 356, esta é uma redução em 16%”, disse Armindo Tiago, ministro da Saúde de Moçambique, durante cerimónia que assinala o Dia Mundial de Combate a Malária, em Maputo.

Segundo o governante moçambicano, o país registou um aumento do número de casos da malária em 2023, com cerca de 13,2 milhões de casos, comparado a 2022 em que foram notificados 12,4 milhões de doentes.

Assinalando a introdução da vacina contra a malária no país, Armindo Tiago apontou as alterações climáticas, condições inadequadas de saneamento do meio e falta de meios de prevenção como alguns dos elementos que “determinam o maior impacto da doença” em Moçambique.

“Esperamos que se tudo correr bem em junho nós possamos introduzir pela primeira vez a vacina da malária no nosso país”, referiu o ministro da Saúde moçambicano.

Moçambique prevê introduzir no segundo semestre de 2024 a nova vacina contra a malária, imunizando 600 mil crianças, disse, em entrevista à Lusa, esta semana, o diretor do Programa Nacional do Controlo da Malária, Baltazar Candrinho.

O responsável acrescentou que será utilizada a R21/Matrix-M, segunda vacina contra a malária para crianças, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e aprovada em outubro do ano passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A vacina a utilizar em Moçambique é a segunda recomendada pela OMS, após a RTS,S/AS01 em 2021, seguindo os conselhos do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE) e do Grupo Consultivo de Políticas sobre Malária (MPAG).

De acordo com a OMS, ambas as vacinas demonstraram ser seguras e eficazes na prevenção da malária em crianças e, quando aplicadas amplamente, deverão ter um grande impacto na saúde pública.

Pelo menos 28 países em África planeiam introduzir uma vacina contra a malária recomendada pela Organização Mundial da Saúde como parte dos seus programas nacionais de imunização.