As centrais sindicais asseguram que a adesão dos funcionários públicos à greve geral, nesta segunda fase, em todo o País, é uma realidade, mas acusam inspectores da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) de estarem a intimidar vários funcionários públicos para não aderirem à greve.
Segundo estes sindicalistas, não há relatos de detenções, mas denunciam que as empresas dos sectores dos transportes, bebidas e electricidade têm estado a evocar razões infundadas para impedir a adesão à greve, que vai já no seu terceiro dia.
Conforme as centrais sindicais, os abusos e as violações à Constituição da República estão a ocorrer com maior incidência nas províncias do Huambo, Zaire, Luanda e Benguela.
Em Luanda, as intimidações têm acontecido nas direcções dos hospitais Dom Alexandra Cardial do Nascimento (ex-sanatório), na direcção municipal de Saúde de Viana e no Hospital Pediátrico David Bernardino., entre outros locais.
No Zaire o no Huambo nas direcções do Ministério das Pescas e em Benguela no centro de distribuição da Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) e na empresa marítima AMN.
Por outro lado, as centrais acusam os órgãos de comunicação do Estado, TPA, RNA, Jornal de Angola e Angop de censurarem e manipularem as informações sobre à greve geral na função pública.
Os sindicatos consideram que a censura promovida por estes órgãos, omitindo informações sobre à greve, tratamento desigual, constitui violação à Constituição.
Elementos da UNTA, da CGSILA e da Central Sindical salientaram ao Novo Jornal que estes órgãos são sustentados com o dinheiro de todos os trabalhadores, pelo que deviam, assim, estar ao serviço do povo e não apenas do Governo.
As centrais sindicais instam a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERCA) a intervir no sentido de obrigar os media estatais a cumprirem a Lei de Imprensa e a Constituição.