O presidente da Ucrânia assinalou este domingo dois anos da retirada das tropas russas da região de Kiev, incluindo da cidade de Bucha, onde as autoridades estimam terem sido mortos 1.400 civis.
O presidente da Ucrânia assinalou este domingo dois anos da retirada das tropas russas da região de Kiev, incluindo da cidade de Bucha, onde as autoridades estimam terem sido mortos mais de 1.400 civis, durante um mês de ocupação.
“Quando os nossos soldados expulsaram a Rússia de Bucha, de Irpin, de Borodianka, de toda a região de Kiev e, depois, da região de Sumi e da região de Chernikov, toda a gente pôde ver que se tratava de vitórias não só da coragem e das armas ucranianas, mas também da moralidade humana”, escreveu Zelensky no seu canal Telegram.
“Que o mundo inteiro nunca esqueça o preço desta batalha e o mal que estamos a travar aqui, na nossa terra (…)”, acrescentou.
O Centro de Comunicação Social do Ministério da Defesa ucraniano referiu ainda, na mesma aplicação, que faz hoje dois anos que os defensores ucranianos libertaram Bucha dos invasores russos e que, a 01 de abril, as últimas unidades russas deixaram Gostomel. Foi no aeródromo de Gostomel que as tropas russas aterraram em 24 de fevereiro de 2022 com a ideia inicial de tomar rapidamente a capital ucraniana a partir dali.
A batalha pelo controlo do aeroporto durou até aos últimos dias de março de 2022. Durante os combates, o maior avião do mundo, o AN-225 “Mriya”, que se encontrava no hangar, foi destruído.
De acordo com a Procuradoria-Geral da Ucrânia, só no distrito de Bucha, durante os 33 dias de ocupação, os soldados russos cometeram mais de 9.000 crimes de guerra e mataram mais de 1.400 civis, incluindo 37 crianças.
Até hoje, a Rússia continua a negar o massacre e até impõe penas de prisão a quem denuncia o massacre nas redes sociais. Como resultado das hostilidades, mais de 26.000 edifícios residenciais foram danificados, dos quais 5.000 foram completamente destruídos.