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Bancos angolanos são “uma espécie de sucursais” do banco central – economista

O economista angolano Precioso Domingos criticou hoje a falta de maturidade dos bancos angolanos, que atuam como sucursais do Banco Nacional de Angola (BNA), com efeitos negativos para a economia.

Precioso Domingos intervinha hoje num debate sobre a diversificação económica, promovido pela Universidade Católica de Angola (UCAN), onde participou também a vice-diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Antoinette Sayeh.

“O nosso sistema financeiro é infantil ainda, quer no rácio de depósitos quer no tipo de banca e seu funcionamento, vivem de avisos do banco central, são uma espécie de sucursais do banco central [BNA]”, criticou o economista e consultor.

“A banca não é madura tem problemas básicos, [porque] é gerida pelo banco central”, acrescentou.

Precioso Domingos estabeleceu também uma relação entre a diversificação económica, bandeira do executivo angolano para ultrapassar a forte dependência do setor petrolífero, e o respeito pelos direitos de propriedade.

“Quem põe dinheiro nestes bancos não é respeitado na base dos direitos de propriedade (…), um setor financeiro que se comporta assim viola os direitos do cliente e gera efeitos de força centrífuga porque expulsa os capitais para o estrangeiro”, salientou, dando como exemplo os avisos do BNA sobre movimentação de divisas ou de kwanzas nas contas bancárias.

O economista salientou que “as pessoas levam os seus capitais para outras paragens onde os seus patrimónios estão seguros” e existem regras de respeito pelos direitos de propriedade.

“E neste contexto não vejo a economia angolana a diversificar-se”, salientou, notando que são “os investimentos privados que vão permitir diversificar a economia”.

No debate de hoje, a responsável do FMI destacou os esforços das autoridades angolanas no caminho das estabilidade macroeconómica, mas disse também que a diversificação “não acontece de um dia para o outro”, enquanto o economista Alves da Rocha defendeu que, além da visão económica, é preciso integrar aspetos antropológicos e sociológicos nesta análise.

C/Lusa