A assinatura do memorando que resultou da tríplice aliança política entre o Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o Movimento da União Nacional (MUN), denominado “Bloco da Solução”, é descrita pelo político Makuta Nkondo como sendo um “nado morto” por não ter pernas para andar.
O denominado ‘Bloco da Solução’, cujo mote é a alternância do poder, foi apresentado no último Sábado, 24, e é integrado pelo Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA) e o Movimento da União Nacional (MUN), os dois primeiros adstritos à Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA – CE).
A tríplice aliança, segundo os seus mentores, visa dar uma nova dinâmica a arena política nacional, com vista ao alcance do poder nos próximos desafios eleitorais. No entanto, o antigo deputado à Assembleia Nacional pela CASA-CE, Makuta Nkondo, considera boa a iniciativa, porém mostra-se céptico em relação à sua viabilidade por conta da ilegalidade do MUN e ainda pelo facto de o seu líder possuir dupla nacionalidade (angolana e americana), segundo afirmou.
O político, que também representou a UNITA no parlamento, realça que esses dois factores podem ser impeditivos para o sucesso dessa nova aliança política, porque, segundo disse, a pretensa intenção de formação de uma coligação pode vir a ser inviabilizada por conta dessas barreiras à semelhança do que ocorre com a Frente Patriótica Unida (FPU), igualmente sem cunho jurídico, mas que está representada pelo partido UNITA. “A presença do MUN complica tudo.
O MUN não é um partido político legal. Estou a falar enquanto parlamentar porque lá estive desde 2008 e sei bem o que estou a falar. Nós discutimos e aprovamos o pacote eleitoral. Estou céptico quanto a essa aliança. A ideia é boa, mas não precisamos de muitas coligações. Devíamos é unirmo-nos todos contra um adversário como dizem, mas que para mim o MPLA não é um adversário político, é um inimigo”, reagiu o irreverente político. De referir que o ‘Bloco da Solução’ surge como uma alternativa política que pretende juntar no seu seio não só partidos políticos, como também membros da sociedade civil, de modo a reforçar os seus ideais políticos que assentam no federalismo, na sequência dos resultados eleitorais de 24 de Agosto em que a CASA-CE teve o seu pior resultado desde que entrou na arena política nacional em 2012.
C/O PAÍS