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Governo angolano pode vir gastar com o Censo 2024  33,6 mil milhões Kz

O Censo 2014 custou 200 milhões USD. Na altura, ao câmbio fixo de 97,8 Kz por dólar americano, o processo custou 19,5 mil milhões Kz. Neste momento, o INE leva a cabo a actualização cartográfica do território, cuja operação permitirá ter uma fotografia mais actualizada da geografia do País.

 

Os gastos do Governo com a realização do Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH), Censo 2024, que arranca a 19 de Julho, já atingiram os 33,6 mil milhões Kz, segundo Expansão, com base nas diferentes autorizações de despesas publicadas em Diário da República.

Na semana passada, o Presidente da República autorizou a compra de 239 viaturas de apoio, orçadas em 9,2 mil milhões Kz, bem como a aquisição de 60.540 tablets, para os quais serão gastos 23,2 mil milhões Kz. As aquisições serão feitas através de um concurso por prévia qualificação, segundo os decretos publicados em Diário da República.

Estas duas contratações, juntam-se a uma outra operada ainda em 2023, quando o PR autorizou a aquisição de 25 viaturas Toyota Land Cruiser Hardtop por 961 milhões Kz através de um contrato por ajuste directo. Estas viaturas servem para a supervisão do processo de actualização cartográfica que decorre nesta altura em todo o território nacional.

Assim, sem contar com a aquisição efectuada em 2023, a compra das 239 viaturas e dos 60.540 tablets gastam 61% dos 53,6 mil milhões Kz que constam no Orçamento Geral do Estado (OGE) 2024 para o Recenseamento Geral Da População E Habitação, inscritos no orçamento do Ministério da Economia e Planeamento.

Estes são, no entanto, apenas gastos aprovados este ano pelo Governo, sendo que os custos de todo o processo serão superiores aos valores contabilizados.

Além disso, o INE viu este ano duplicar a sua fatia no OGE, de 37 mil milhões Kz, em 2023, para 68 mil milhões Kz, indiciando que este aumento se deverá à realização do Censo.

O Recenseamento Geral da População e Habitação está a ser financiado maioritariamente pelo Governo, mas conta também com o apoio financeiro do Banco Mundial, que disponibilizou, no ano passado, 60 milhões USD para o Projecto de Fortalecimento da Capacidade Estatística de Angola (PFCEA), sendo que parte dos recursos serão aplicados no Censo 2024, segundo a instituição de Bretton Woods. O processo de recenseamento conta igualmente com a assistência técnica do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).

O Banco Mundial registou um aumento da capacidade estatística de Angola nos últimos cinco anos, de acordo com os Indicadores de Desempenho Estatístico (SPI) do BM, mas refere que a sua pontuação ainda é inferior à média dos Países de Rendimento Médio-Baixo, que é 56,7 de um total de 100 pontos. O RGPH tem por objectivo a concepção, recolha, análise e divulgação de dados estatísticos oficiais referentes às características demográficas e socioeconómicas da população abrangida, bem como as características do parque habitacional.

A actividade visa ainda melhorar a capacidade estatística do País com a produção de dados de forma eficiente e a sua utilização para a monitorização dos programas públicos.

Esta acção é necessária para o acompanhamento e avaliação da estratégia de governação do Executivo, assim como para a produção de indicadores que permitam avaliar os progressos realizados no âmbito dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).

Neste momento, o INE leva a cabo a actualização cartográfica em todo País. A operação permitirá fazer uma fotografia mais actualizada da geografia de Angola numa altura em que já foram seleccionados os candidatos a categorias de cartógrafos e motoristas, no âmbito do recrutamento para actualização cartográfica a nível nacional.