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Angola produção no sector de seguros alargou mais de 69% nos últimos 3 anos

Segundo o relatório da Ernst & Young Angola, numa parceria com a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros, indica que a produção do sector terá atingido os 312 mil milhões kz, entre 2019 e 2022.

 

A produção do sector segurador em Angola em 2022 atingiu mais de 312 mil milhões de kwanzas (pouco mais de 372 milhões de dólares), registando um crescimento de 69,61% entre 2019 e 2022, segundo um relatório da Ernst & Young (EY) Angola apresentado esta Terça-feira, 30, em Luanda, numa parceria com a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).

A estrutura de produção dos ramos não vida, indica o estudo, “manteve-se sensivelmente estável” no período em referência, com os seguros de acidentes, doença e viagem a serem os mais representativos, seguido do petroquímica e do seguro automóvel.

Durante a apresentação dos principais dados financeiros e indicadores da actividade de seguro e de fundos de pensões, a responsável dos seguros na EY Portugal e Angola, Carla Sá Pereira, disse que apesar do peso menos significativo do ramo vida, houve uma tendência de crescimento.

“O rácio combinado do mercado tem melhorado, tendo registado uma diminuição de 78% em 2019 para 63% em 2022, fruto da melhoria na sinistralidade, mas também da redução do peso das despesas. Os resultados financeiros apresentaram algumas flutuações, mas a taxa de rentabilidade média situou-se na ordem dos 5%”, realçou.

O resultado líquido, segundo avançou, registou igualmente flutuações, mas, nos últimos três anos, atingiu 20,6 mil milhões de kwanzas (cerca de 24,6 milhões de dólares).

O sector segurador angolano, disse, mostra uma estratégia de investimento diversificada e mantém um nível elevado de provisões de resseguro, sinalizando uma gestão de riscos sólida.

As demonstrações do fundo de pensões em Angola, de acordo com Carla Sá Pereira, revelam flutuações de resultado líquido de 240 mil milhões de kwanzas (mais de 286 milhões de dólares), resultante de uma contribuição essencialmente significa.

De acordo com o comunicado, Carlos Bastos, presidente da EY Angola, refere que o estudo visa expandir a compreensão do papel estratégico dos seguros nas economias emergentes, como a de Angola, e ilustrar como esta indústria é vital para dinamizar a economia e gerir riscos.

“Na EY aproveitamos a nossa vasta rede de competências no sector para enfrentar estes desafios e contribuir para aumentar a literacia financeira que apoie na mudança de percepção sobre os seguros em Angola. Vamos continuar a liderar, a apoiar os nossos clientes e a contribuir para um maior conhecimento do papel crucial, e frequentemente sub-valorizado, do sector dos seguros para uma economia robusta e resiliente”, garante o responsável, citado no documento.

A apresentação do relatório foi testemunhada pela ministra angolana das Finanças, Vera Daves de Sousa, que, na ocasião, considerou que o período de 2019 a 2022 foi “bastante atípico”, pelo facto do mundo ter estado sujeito às adversidades relacionadas com a pandemia. Destacou ainda a redução das receitas petrolíferas e diamantíferas, por via do preço da produção, encarecimento das importações, bem com a sua diminuição.

“Apesar dessas circunstâncias, o sector conseguiu manter uma trajectória crescente, os prémios brutos emitidos cresceram no período em uma média 22%, no geral 72%, a taxa de sinistralidade do sector manteve a sua dependência decrescente, estando em 42% em 2019 e 32% em 2022”, reforçou.

As contribuições do fundo de pensões, continuou Vera Daves, cresceram 144%, ao passo que o valor cresceu em torno dos 100%, mais do que duplicou, passando de 409 mil milhões de kwanzas (perto de 490 milhões de dólares) para 835 mil milhões de kwanzas (mais de 998 milhões de dólares).