No total, 23 cidadãos guineenses que estavam detidos em Angola por não terem papeis de residência, foram postos em liberdade esta sexta-feira 29 de Dezembro, pelas autoridades angolanas. A libertação dos indocumentados faz parte de um processo de legalização extraordinária de cerca de dois mil cidadãos guineenses em Angola actualmente sem papéis.
O embaixador guineense em Angola, Apolinário Mendes de Carvalho explicou ao DI o culminar de um processo que já dura há dois anos.
Primeiro foi necessário restaurar o quadro das relações diplomáticas entre os dois países, para depois atacarmos esse assunto muito importante. Foi como resgatar a comunidade guineense de uma situação difícil para lhes oferecer todas as condições necessárias para uma inserção boa e eles poderem contribuir para a economia angolana, como têm feito até aqui mas agora, vão fazê-lo em melhores condições.
O Presidente da República de Angola apoiou esse processo, assim como o Presidente da República da Guiné Bissau, e trabalhamos em condições políticas bastante cofortáveis, mas havia todo um trabalho técnico de operacionalização que passou por muita coisa, incluindo a documentação dos guineenses.
Foi preciso permitir que eles tivessem passaporte e documentos. Necessário também sensibilizar muitos que estão no interior e que ali se acomodam e passam dez, vinte anos sem documentos. Estamos a apelar para que se assinalem e estamos com uma média de 700 processos quando a a estimativa é de mil, dois mil processos.
Conforme disse o embaixador Apolinário Mendes de Carvalho os 23 guineenses que estavam detidos já não vão ser expulsos de Angola como estava previsto.