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Resgista-se um crescimento ao sector financeiro Cerca de 878,09 mil milhões de kwanzas (17,16%), face ao período de Novembro

Do total do crédito concedido, 88,33% representa o endividamento do sector privado e 11,67% o endividamento do sector público, de acordo com o Banco Nacional de Angola.

O crédito bruto ao sector não financeiro em Angola cifrou-se em 5,99 biliões de kwanzas, em Novembro deste ano, tendo registado um aumento de cerca de 878,09 mil milhões de kwanzas (17,16%), face ao período homólogo, de acordo com o Banco Nacional de Angola (BNA).

Num comunicado publicado no seu website, o banco central explica que 88,33% do valor representava o endividamento do sector privado (empresas privadas e particulares) e 11,67% o endividamento do sector público (administração pública e empresas públicas).

No documento consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, o órgão regulador e fiscalizador do mercado bancário angolano detalha que o endividamento do sector público não-financeiro totalizou 669,79 mil milhões de kwanzas, dos quais 54,03% referentes à administração pública e 45,97% às empresas públicas. Comparativamente ao período homólogo, diz o BNA, registou-se um crescimento de 270,12 mil milhões de kwanzas (62,87%).

Por sua vez, acrescenta a nota, o endividamento do sector privado registou um aumento de 607,98 mil milhões de Kwanzas (12,97%), ao passar de 4,69 bilhões de kwanzas em Novembro de 2022, para 5,29 biliões de kwanzas em Novembro de 2023, sendo que o endividamento das empresas privadas não-financeiras era correspondente a 4,11 biliões, com um aumento de 415,62 mil milhões de kwanzas (11,26%) e o endividamento dos particulares correspondia a 1,19 biliões de kwanzas, com um aumento de 192,35 mil milhões de kwanzas (19,32%).

Relativamente ao sector real, no mês de Novembro de 2023, “o crédito bruto alocado ao sector não-financeiro alocado registou um ligeiro aumento de 34,29 mil milhões de kwanzas (2,71%), atingindo 1,23 biliões de kwanzas, impulsionado principalmente pela diminuição do aporte de recursos para os sectores da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, de cerca de 170,22 mil milhões de kwanzas (38,25%)”.

“O peso do crédito bruto ao sector real sobre a carteira total de crédito do sector bancário reduziu 3,57 pontos percentuais (p.p), comparativamente ao período homólogo, cifrando-se em 20,37% em Novembro de 2023, justificado pela priorização do sector de construção”, avança o comunicado.

O BNA destaca que, como consequência dos esforços empreendidos para a promoção do crédito destinado ao sector produtivo, nos últimos cinco anos, regista-se uma taxa média de crescimento do crédito ao sector real de 33,66%.

Globalmente, o crédito vigente concedido no âmbito dos Avisos do BNA de fomento ao sector real, sublinha o documento publicado pelo regulador bancário angolano, totalizou 947,60 mil milhões de kwanzas, o que representava 77,07% do total de crédito ao sector real e 15,70% da carteira de crédito bruto.

Entretanto, comparativamente ao período homólogo, “registou-se um incremento considerável de 332,50 mil milhões de kwanzas (54,04%), influenciado principalmente pelo financiamento de projectos do sector de agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca”, que registou um aumento de 141,32 mil milhões de Kwanzas (113,68%).

Do crédito total concedido ao sector real, no período em análise, destaca-se a indústrias transformadoras com 598,79 mil milhões de kwanzas (48,70%), dos quais 584,76 mil milhões de kwanzas (97,66%) correspondente ao crédito ao abrigo dos Avisos em destaque, indústrias extractivas com 355,94 mil milhões de kwanzas (28,95%), dos quais 97,20 mil milhões de kwanzas (27,31%) concedidos ao abrigo dos Avisos sobre a concessão de crédito ao sector real, e agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca com 274,79 mil milhões de kwanzas (22,35%), sendo que, 265,64 mil milhões de kwanzas (96,67%) foram concedidos no âmbito dos Avisos do BNA sobre o fomento do crédito ao sector real.

Com a Forbes