Lisboa – No dia 10 deste mês, um ataque informático de grandes proporções comprometeu diversos serviços públicos digitais em Portugal, expondo milhares de dados pessoais e sensíveis na internet. Entre os serviços mais afetados estão os relacionados às receitas médicas, o que gerou sérias preocupações tanto para cidadãos como para as autoridades.
Apesar das medidas de contenção que estão sendo adotadas, como anunciado pela Agência para a Modernização Administrativa (AMA), os serviços ainda não foram completamente restaurados. A AMA garantiu que está a implementar ações para “garantir que a normalização dos serviços ocorra de forma progressiva e segura”, mas o impacto do ataque continua a ser sentido.
Um dos serviços mais afetados é o de prescrição de receitas médicas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que, até o momento, tem sido forçado a enviar as receitas por correio eletrónico. Essa medida foi tomada como solução temporária enquanto os sistemas continuam a ser restaurados. No entanto, isso também levanta preocupações adicionais sobre a segurança e a privacidade das informações dos pacientes, visto que o envio por e-mail pode não oferecer o mesmo nível de proteção que os sistemas digitais habituais.
Este ataque, que colocou em risco os dados de milhares de cidadãos, evidencia a crescente vulnerabilidade dos serviços digitais a ações de pirataria e cibercrime. Especialistas em segurança digital alertam para a importância de reforçar os sistemas de segurança cibernética, especialmente em plataformas que armazenam informações sensíveis, como as ligadas à saúde e serviços governamentais.
A AMA informou que continuará a trabalhar para garantir a recuperação plena dos sistemas, mas os cidadãos afetados permanecem na expectativa de que suas informações pessoais não sejam usadas de forma indevida.
Este incidente reforça a necessidade urgente de proteger as infraestruturas digitais, especialmente à medida que mais serviços públicos e privados migram para o ambiente online.