Become a member

Get the best offers and updates relating to Liberty Case News.

― Advertisement ―

spot_img
HomeMUNDOVários esfaqueamentos e centenas de detidos no Carnaval de Notting Hill em...

Vários esfaqueamentos e centenas de detidos no Carnaval de Notting Hill em Londres

Londres – Surgiu em 1959 em resposta às tensões raciais da época. Também na atualidade, a capital britânica vive um período conturbado, com casos de esfaqueamento graves durante os dois dias da celebração.

Oito pessoas foram esfaqueadas durante o Carnaval de Notting Hill, o maior festival de rua da Europa, com um total de 334 pessoas detidas na celebração, informou esta terça-feira a Polícia Metropolitana de Londres. O Carnaval de Notting Hill realizou-se no domingo e na segunda-feira.

Houve três esfaqueamentos no domingo, sendo uma das vítimas uma mulher que estava grávida e permanece em estado crítico.

Na segunda-feira, cinco pessoas foram esfaqueadas, duas das vítimas ficaram gravemente feridas.

Segundo as autoridades, um total de 50 polícias ficaram feridos durante o evento, enquanto a maioria das detenções foi por posse de arma ou tráfico de drogas.

A polícia de Londres destacou cerca de 7.000 policiais para o evento, que, ao contrário do espírito fundador da celebração, está a ser vista por uma minoria como uma oportunidade para cometer crimes.

O Carnaval atraiu cerca de um milhão de pessoas às ruas de Notting Hill, um mês depois de Inglaterra ter sido atingida por uma série de ataques racistas de extrema-direita.

O Carnaval tem as suas raízes nas centenas de milhares de imigrantes das Caraíbas, conhecidos como a geração “Windrush”, que veio para a Grã-Bretanha entre 1948 e 1971 para ajudar a reconstruir o país após a Segunda Guerra Mundial.

A sua chegada foi acompanhada por tensões raciais e pelo tratamento injusto dos negros, tendo eclodido tumultos em 1958, incluindo no bairro londrino de Notting Hill, onde viviam muitos migrantes caribenhos na altura.

De acordo com o grupo de reflexão sobre igualdade racial Runnymede Trust, o Carnaval foi criado no ano seguinte pela ativista Claudia Jones, de Trinidad e Tobago, como uma resposta direta a esses tumultos.

Ao longo dos anos, o evento indoor organizado por Jones tornou-se a celebração vibrante de rua que é atualmente.

Para alguns frequentadores do Carnaval, os recentes tumultos provaram a importância de celebrar o multiculturalismo da cidade e a forma como gerações de migrantes e seus descendentes contribuíram para a sociedade britânica.