A TAAG – Linhas Aéreas de Angola registou actualmente uma taxa de cancelamento de voos de apenas 0,3%, resultado de um maior rigor nos procedimentos operacionais, anunciou nesta segunda-feira, em Luanda, o presidente do conselho executivo da companhia, Nelson de Oliveira.
Segundo o responsável, a prioridade absoluta da transportadora continua a ser a segurança, mesmo diante de pressões comerciais. “Sempre que a integridade dos passageiros estiver em risco, o voo deve ser cancelado. Podemos admitir atrasos, mas o cancelamento só ocorre quando não há outra solução. Esta é uma prática comum na aviação em todo o mundo”, afirmou.
À margem da 57.ª Assembleia-Geral Anual da Associação das Companhias Aéreas Africanas (AFRAA), Nelson de Oliveira explicou que, quando o cancelamento acontece depois do passageiro ter efectuado o check-in, a TAAG assume integralmente a responsabilidade. Nesses casos, a companhia deve garantir toda a assistência necessária, incluindo alojamento, refeições e transporte até que o cliente complete a viagem.
Já as alterações comunicadas antes do check-in são consideradas reagendamentos comerciais, permitindo avisar com antecedência e evitar deslocações desnecessárias ao aeroporto.
O gestor destacou ainda que a empresa tem investido no reforço da sua organização operacional para aumentar a eficiência e reduzir custos, lembrando que cada cancelamento implica encargos adicionais relevantes.
“A melhor forma de controlar custos é evitar cancelamentos. Sempre que precisamos de acomodar passageiros ou reorganizar viagens, o impacto financeiro é elevado”, sublinhou.
A melhoria da performance operacional insere-se no processo mais amplo de reestruturação da TAAG, num contexto em que o sector da aviação africana enfrenta desafios financeiros e a necessidade de modernização contínua.
