Angola comemorou 04 último, os 23 anos de paz efectiva, resultante dos acordos de Luena de 2002 entre o Governo e as forças militares da UNITA que permitiu o calar definitivo das armas e de hostilidades que durou mais de 30 anos de guerra civil. No entanto, na capital Luanda, até ao momento, algumas entidades Ecclesiasticos, Políticas e Acadêmicos, advogam que não há registros de avanços no País nos mais variados domínios e admitem claramente a visibilidade de um retrocesso posto a prova que ameaça futuras gerações, apurou o Diário Independente.
By: Gaspar Domingos Coelho e Lubienga Bunga Sebastião
Reverendo e Acadêmico Daniel – A – Ntoni Nzinga, disse que Angola tem conhecido durante os 23 anos dos acordos de paz de Luena de 2002, um retrocesso complicado e distanciado para uma verdadeira unificação entre todas as famílias, face à intolerância política contínua que ainda é conservada no paradigma da actual governação.
“Temos de ser o mais justo possível e reflectir profundamente à volta dos feitos ou não que o nosso País alcançou ao longo dos 23 anos de paz. Cada Angolano tem o direito de fazer as suas análises e apontar o bem e o mal. No entanto, pessoalmente, entendo que o nosso País recolheu – se para o mal, não há verdadeira paz e reconciliação nacional, porque ainda recusa – se de aceitar as diferenças de opiniões obrigando as intimidações e ameaças. Isso criou o medo e afastou o amor, perdido e harmonia que poderia produzir ganhos para os 23 anos de paz “, esclareceu Reverendo Daniel Nzinga.
Para o ex – Secretário – Geral do Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA), os Angolanos ” sentem – se quase maltratados “, e entrega a sua sorte sobretudo ao saberem que o País estagnou – se totalmente em 23 anos de paz, cujas responsabilidades são atribuídas a quem Governa. Daniel Nzinga, exota por seu lado para que se busque quão breve possível, soluções concretas visando garantir o bem – estar e devolver a dignidade à cidadania.
“Nas minhas intervenções, fico totalmente focado naquilo que é a vida. Cristo ensina – nos a verdade e o amor, diante dela, produzimos o bem para as famílias. É isso que me faz valer como humano em defesa da justiça e do bem para o meu povo. Lamento e sinto muito ao saber que ainda não estamos reconciliados, uma vez que o silêncio das armas foi alcançado há 23 anos.”, explicou o Reverendo Nzinga.
Já o Psicólogo e Docente Universitário, Carlinhos Zassala, também mostra – se inquietado com o retrocesso do País, afirmando que os Angolanos nunca celebraram uma verdadeira paz e reconciliação nacional em grande harmonia. Considerando trata – se de 23 anos de vingança, ódio e maldição.
“É bom que se diga a verdade é que Angola tem vivido um período de profunda maldição, para qual simboliza o ódio e a calamidade total vestida a 23 anos de paz. Todavia, este é um quadro que observamos vivamente e atribuído a quem não queira manifestar a vontade e interesse de ver uma Angola melhor, unida, de perdão mútua e amor entre famílias”, afirmou Carlinhos Zassala.
De acordo com o bastonário da ordem dos Psicólogos de Angola, um dos mal mais agravante em 23 anos de paz em Angola, tem a ver com o atropelamento das leis e julgamento arbitrário em tribunais, uma vez que, aos Tribunais, teriam de contribuir grandemente para uma pacificação verdadeira mediante a observância justa e transparente em processos de julgamentos.
“Nós regredimos durante os 23 anos de paz. Temos assistido uma Angola mergulhada numa catástrofe sem saída. Portanto, ainda observamos atropelamentos das leis em tribunais, a exemplos mais práticos, numa altura em que os órgãos de alta magistratura judiciários pecam em determinados procedimentos legais”, concluiu Carlinhos Zassala apelado mudanças imediatas para um exercício legal mais justo e transparente.