O governo angolano firmou um acordo significativo na área da defesa com a empresa chinesa China National Aero-Technology Import and Export Corporation (CATIC). Este acordo visa a aquisição de equipamentos e meios militares para o Ministério da Defesa Nacional, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, com um desembolso de 36 milhões de dólares.
A autorização para a celebração do acordo foi dada por meio de um despacho presidencial assinado por João Lourenço, Presidente de Angola, na última segunda-feira. O documento foi posteriormente divulgado pela Lusa e revela que, segundo o acordo, 85% do valor total destinado à compra desses equipamentos será coberto. No entanto, os detalhes específicos sobre os tipos de equipamentos e materiais militares a serem adquiridos não foram divulgados no decreto.
Este acordo surge no contexto de uma colaboração contínua entre Angola e a China, especialmente após o Acordo-Quadro assinado entre os dois países. Em 15 de junho de 2021, foi aprovado um despacho presidencial que formalizou os Acordos Individuais de Financiamento, sendo agora executado com este novo investimento.
A parceria com a CATIC não é novidade, pois, de acordo com um estudo da Universidade de Boston, a China tem sido um dos principais financiadores de Angola nos últimos anos. Entre 2000 e 2022, a China emprestou cerca de 45 bilhões de dólares ao país africano, o que representa um quarto do total concedido pela China a todo o continente africano no mesmo período. O mais recente financiamento foi realizado em 2022, no valor de 18,6 milhões de dólares, destinado à aquisição de equipamentos, bens e serviços militares para a Força Aérea Angolana.
Este acordo reafirma a estreita relação entre Angola e a China, destacando a importância da colaboração entre os dois países, especialmente no setor da defesa, que tem sido uma prioridade para o governo angolano.