A tensão entre Israel e o Hamas continua a dominar os noticiários, enquanto o mundo aguarda uma resolução para o conflito que já dura mais de 15 meses. No entanto, enquanto se preparam os recursos para um possível cessar-fogo, as incertezas em torno do acordo e das condições necessárias para a sua implementação são palpáveis.
Nas últimas semanas, os preparativos logísticos para um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas têm sido intensificados. As primeiras horas de domingo são apontadas como o momento em que o cessar-fogo poderia entrar em vigor, e, com isso, a libertação de dezenas de reféns sequestrados durante o conflito. A Faixa de Gaza, que tem vivido sob intensa destruição desde outubro de 2023, está a receber ajuda humanitária e uma mobilização de ambulâncias e equipas médicas, que esperam lidar com as complicações de saúde que os reféns podem enfrentar após mais de um ano de cativeiro.
Entretanto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deixou claro que o acordo só avançará caso o Hamas forneça uma lista definitiva dos reféns a serem libertados. Segundo Netanyahu, “Não poderemos avançar com o quadro até recebermos a lista dos reféns que serão libertados, como foi acordado. Israel não tolerará violações do acordo. O Hamas é o único responsável.”
Esses preparativos ocorrem enquanto a situação humanitária em Gaza atinge níveis críticos. Após 15 meses de bombardeamentos incessantes, a destruição é devastadora. Em outubro de 2023, o Hamas iniciou a guerra com um ataque transfronteiriço a Israel, que resultou na morte de mais de 1.200 israelitas e no sequestro de 250 pessoas, que foram levadas para Gaza. A resposta de Israel foi uma ofensiva militar brutal, que resultou na morte de mais de 46.000 palestinianos, segundo as autoridades sanitárias locais, com mulheres e crianças representando mais da metade das vítimas.
Apesar da expectativa de que o cessar-fogo seja implementado em breve, as questões relacionadas com os reféns e as responsabilidades de cada parte continuam a ser um ponto de impasse. A comunidade internacional permanece atenta aos desenvolvimentos, com a esperança de que, finalmente, um acordo possa trazer alívio para as famílias e para as populações afetadas por mais de um ano de violência.