Em um marco significativo no conflito entre Israel e o Hamas, o ministro das Relações Exteriores de Israel confirmou nesta quinta-feira a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas na Faixa de Gaza. Sinwar era considerado o principal responsável pelo ataque a Israel em 7 de outubro, que resultou em milhares de mortes e na captura de reféns. Desde então, Sinwar se tornou um dos alvos prioritários das forças israelenses.
Segundo as Forças de Defesa de Israel, a operação que resultou na morte de Sinwar ocorreu na cidade de Rafah, em Gaza. As autoridades israelenses confirmaram a eliminação de Sinwar após a identificação do corpo, utilizando testes de DNA, já que o líder do Hamas havia estado anteriormente sob custódia israelense, o que facilitou o processo de reconhecimento.
Israel Katz, ministro das Relações Exteriores de Israel, descreveu a morte de Sinwar como um “feito militar e moral” para o exército, afirmando que a ação abre caminho para a libertação dos reféns ainda sob controle do Hamas e representa uma mudança crucial no cenário da guerra.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também anunciou publicamente a morte de Sinwar, classificando o evento como o “início do fim” para o Hamas, mas destacou que ainda há um longo caminho a ser percorrido até a conclusão do conflito. Ele reafirmou o compromisso de Israel em continuar a lutar até que todos os reféns sejam resgatados e o controle do Hamas sobre Gaza seja enfraquecido.
Do lado americano, o presidente Joe Biden comparou o momento à captura de Osama bin Laden, afirmando que a morte de Sinwar representa um “dia de alívio” e pode ser uma oportunidade para uma mudança positiva em Gaza.
Yahya Sinwar, nascido em 1962, era uma figura importante dentro do Hamas, particularmente próximo ao Irã, com uma trajetória marcada por sua crueldade na perseguição de supostos colaboradores de Israel, o que lhe rendeu o apelido de “Carniceiro de Khan Yunis”. Como líder do Hamas desde 2017, Sinwar manteve um papel central na organização, sendo responsável por coordenar grande parte das atividades do grupo na Faixa de Gaza.
Após passar anos em prisões israelenses, Sinwar ascendeu ao poder na organização, substituindo Ismail Haniyeh como líder do Hamas em Gaza. Sinwar era visto como o estrategista por trás do ataque em 7 de outubro, que causou a morte de mais de 1.200 israelenses, o que intensificou as operações militares de Israel contra o Hamas.
Com a morte de Sinwar, Israel espera que o Hamas enfraqueça significativamente, o que pode facilitar a libertação dos reféns e alterar a dinâmica do conflito em Gaza. No entanto, como destacado por Netanyahu, o fim da guerra ainda não está à vista, e o conflito continua a apresentar desafios complexos para todas as partes envolvidas.
As repercussões da morte de Sinwar, tanto na região quanto no cenário internacional, serão acompanhadas de perto, uma vez que o conflito em Gaza segue sendo uma das questões mais voláteis no Oriente Médio.