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Peru reconhece Edmundo González como novo presidente da Venezuela

O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Javier González-Olaechea, em entrevista ao canal TVPerú. Esta terça-feira, o ministro peruano também já tinha “condenado veementemente” a detenção de Freddy Superlano, dirigente de um dos partidos da oposição ao Governo da Venezuela.

O Governo do Peru reconheceu, esta terça-feira, Edmundo González como presidente eleito da Venezuela. O anúncio feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros peruano, Javier González-Olaechea, surge dois dias após as eleições polémicas que deram a “suposta” vitória a Nicolás Maduro. Desde então vários países têm acusado o ditador venezuelano de ter “manipulado os resultados” de forma a ser eleito novamente.

“Esta posição é partilhada por inúmeros países, governos e organizações internacionais”, disse Javier González-Olaechea.

O Peru tornou-se o primeiro país do mundo a reconhecer o cargo presidencial de Edmundo González. Em entrevista ao canal TVPerú, González-Olaechea acusou Maduro de ser “alguém que busca perpetuar-se no poder através de uma ditadura”.

Esta terça-feira, o próprio ministro peruano “condenou veementemente”, através da rede social X (antigo Twitter), a detenção de Freddy Superlano, dirigente de um dos partidos da oposição ao Governo da Venezuela.

Clima de tensão aumenta dentro e fora da Venezuela

O resultado das eleições de domingo não agradou à maioria dos venezuelanos e vários países do mundo. As últimas sondagens, antes das eleições, davam a vitória ao líder da oposição, mas foi o então presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, quem reuniu o maior número de votos assumindo assim a sua reeleição.

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos.

Imediatamente após o anúncio dos resultados, recaíram sobre o atual Governo venezuelano suspeitas de fraude eleitoral. A oposição e parte da comunidade internacional expressou a sua dúvida perante estes resultados e exigiu mais transparência e uma análise das atas eleitorais.

Esta terça-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, comunicou que a União Europeia não reconhecerá os resultados das eleições presidenciais na Venezuela até que os resultados sejam públicos e verificados.

“As autoridades venezuelanas devem garantir a transparência e a integridade do processo através da verificação independente dos resultados das assembleias de voto”, referiu.

Pelo menos 11 pessoas já terão morrido durante os protestos contra os resultados na Venezuela.

China e Rússia manifestam apoio a Maduro

Enquanto países como os Estados UnidosArgentinaPanamá ou até mesmo Portugal exigem a verificação imparcial dos resultados eleitorais, outros felicitam Maduro por mais uma vitória.

Apenas regimes ditatoriais como a Rússia, a China e Cuba aplaudiram os resultados e manifestaram o seu apoio ao reeleito presidente venezuelano.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse ainda que Nicolás Maduro será sempre bem-vindo a solo russo e reforçou o aprofundamento das relações com a Venezuela.