O projecto da autogas passou por uma série de desafios ao longo dos seus primeiros anos de existencia. Contudo, tem vindo a consolidar-se ano após ano e está neste momento numa fase de expansão.
By: Arson Armindo
O projecto tem estado a crescer gradualmente e podemos dizer que estamos satisfeitos com o nível de desenvolvimento. Claro que gostaríamos de estar aínda mais a frente, que tivéssemos muito mais consumidores e mais postos, mas este crescimento está relacionado a dois aspectos: a comunicação e a grande necessidade de investimentos avultados a um custo comportável.
Os investimentos a realizar devem ser sustentávelis e que permitam aumentar o nível da rentabilidade do projecto. Este tem sido o maior desafio porque não havendo um crescimento de consumidores que justifique mais postos, a expansão fica mais lenta e o desenvolvimento fica dependente unica e exclusivamente do desempenho dos aspectos comerciais.
O projecto da Autogas preconiza a cobertura geográfica nacional. com cerca de 70 pontos de gás distribuídas em todas províncias e pelos principais corredores. Contudo, nesta momento há dois aspectos que limitam o desenvolvimento dos projectos de gás na zona sul. Isto está relacionado primeiro com o aspecto de viaturas disponíveis no país das quais 63% se encontram concentradas na zona sul e 27% espalhados pelo resto do país.
Naturalmente que em termos de viabilidade económica e financeira justifica-se primeiro satisfazer na totalidade estes 63%, segundo a disponibilidade do gás que só está disponível na zona sul. O transporte do gás por via terrestre é mais honeroso do que o transporte dos combustíveis líquidos. Zonas com Niassa e Tete não é viável transportar o gás em camiões para abastecer nesses locais.
Quando tivermos o LNG disponivel em terra será possivel equacionar esta solução, mas por enquanto na zona centro e norte não podem constar dos planos a curto prazo. Há projectos de terminais de LNG e de um gasoduto a partir do Norte de Moçambique para o Sul, contudo os mesmos irão levar pelo menos 5 a 10 a ser implenatdos pelo que só nessa altura será possivel construir postos de GNV nas zonas centro e Norte de Moçambique.
Desde o início as pessoas mostravam interesse em aderir, contudo levantavam a questão dos custo inicial para usar o gás natural.
A autogas atravessou momentos difíceis de consolidação, neste momento tem estado a dar pequeno lucro e decidiu imjectar este pequeno lucro para re-invistir no crescimento do mercado. É assim que temos subsídiado o custo da conversao de viaturas para a tornar mais acessível, ainda não é possível neste momento subsidiar a 100%.
O Estado tem um papel a desenvolver neste processo de estímulo para adesão ao gás natural. Até este momento a Autogas ainda não se beneficiou de qualquer estímulo financeiro , mas está a fazer a sua parte de entre aquilo que é possível e dentro do que a situação económica permite.
Falando à margem do encontro promovido pela Autogas com as empresas de aluguer de viaturas e representantes de marcas automóveis, o eng. João Das Neves, Director Executivo da Autogas esclareceu que a Autogás tem estado a expandir gradualmente e que neste momento abastecem um numero superior a 4500 clientes satisfeitos atraves de uma rede de 7 postos na cidade de Maputo, Matola e Marracuene.