No 22o. aniversário da paz, angolanos apontam fome, miséria, desemprego, injustiça económica e uma suposta falta de oportunidades.
Economistas prevêm cenário sombrio para as famílias angolanas que vão continuar pobres até 2030.
Por ocasião de mais um aniversário da paz e reconciliação nacional, que os angolanos estão a celebrar, as palavras que mais cruzam os discursos dos cidadãos estão relacionadas com a fome, a miséria, o desemprego, a injustiça económica e uma suposta falta de oportunidades.
O partido no poder reafirma o engajamento do seu Governo em devolver a esperança às populações, mas continua a refugiar-se nos fatores externos como principais obstáculos para o país conhecer um crescimento económico sustentável e um desenvolvimento animador.
Na declaração do seu Bureau Político por ocasião do 4 de Abril, o MPLA prometeu alargar a base do diálogo permanente e inclusivo sobre todos os temas e fenómenos sociais, políticos e económicos visando o reforço do processo de consolidação do Estado Democrático de Direito.
Alguns políticos afirmam que passados 22 anos, Angola tem registado um retrocesso considerável nas conquistas democráticas alcançadas e lamentam a falta de soluções da atual governação para tirar os angolanos da pobreza e da miséria para além das incertezas que estão a levar a maioria da juventude para um sentimento de desespero.
Muitos economistas admitem cenários preocupantes e criticam o modelo de gestão que está a ser seguido pelo Executivo, que, do ponto de vista deles, não dá garantias de boas perspetivas às futuras gerações e apontam as incertezas como principais condicionantes.
O economista Yuri Kixina, o presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes e o presidente da Associação, Justiça, Paz e Democracia, Serra Bango, analisam a situação do pais.