Become a member

Get the best offers and updates relating to Liberty Case News.

― Advertisement ―

spot_img

Governo Angolano aprova nova estratégia para impulsionar o progresso socioeconómico da província do Kwanza-Sul

Visita do Presidente João Lourenço ao Cuanza Sul CONCLUSÕES DA REUNIÃO ENTRE O EXECUTIVO E O GOVERNO PROVINCIAL Sob orientação do Presidente da República, João Lourenço,...
HomeNOTÍCIASBraço direito de Isabel dos Santos acusa Angola de “rudes ilegalidades”

Braço direito de Isabel dos Santos acusa Angola de “rudes ilegalidades”

Mário Leite da Silva, o gestor português que foi durante muitos anos o principal colaborador de Isabel dos Santos nos seus negócios, divulgou um comunicado esta segunda-feira em que acusa as autoridades angolanas de “discriminação e rudes ilegalidades”, por estarem a dificultar-lhe a vida enquanto arguido de um processo-crime em que está também acusada Isabel dos Santos, a propósito do desvio de 131 milhões de dólares da petrolífera estatal Sonangol para o Dubai entre 2016 e 2017, quando a filha do antigo presidente angolano José Eduardo dos Santos esteve à frente daquela empresa.

Tal como noticiou o Expresso, o gestor apresentou na semana passada um requerimento para que a parte do processo-crime que lhe diz respeito possa ser transferida de Angola para Portugal. Segundo o comunicado desta segunda-feira, a apresentação do requerimento foi muito dificultada, obrigando a defesa do arguido a tentar diversas formas para fazer chegar o pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana.

“A PGR em Luanda informou que o processo já não está lá, mas sim no Tribunal Supremo. No entanto, na Câmara Criminal do Tribunal Supremo, competente para a instrução contraditória, dizem que não há qualquer processo com esse número”, lamenta Mário Leite da Silva.

Após tentar a entrega do requerimento no consulado de Angola em Lisboa, e de ela ter sido recusada com o argumento de que o requerente mora no Porto, o consulado nesta cidade também se negou a ser notificado com o documento.

O gestor diz que, para contornar estes obstáculos, acabou por enviar o pedido por correio registado para a PGR em Luanda e para ambos os consulados em Portugal. “São dificuldades inauditas. Está em causa garantir a um cidadão o exercício de um direito legal, a receção de um requerimento que é o seu meio de defesa penal. Espero que as autoridades judiciárias angolanas, e entre todas elas o senhor procurador-geral da República, façam respeitar a lei, sem o que Angola se expõe à imagem de um país que não se pauta pelas regras de um estado de direito”.

Nesse requerimento, Leite da Silva pede que Angola aplique ao seu caso a mesma solução que Portugal aplicou ao caso de Manuel Vicente.

O antigo vice-presidente de Angola foi acusado pelo Ministério Público em Lisboa em 2017 de corromper um procurador do DCIAP, mas em 2018 a parte relativa ao seu processo foi transferida para Angola, sendo que até hoje ele ainda não foi julgado por isso.