MAIS UMA MORTE EM MENOS DE 20 DIAS

A polícia de investigação terá encontrado bebidas no apartamento, o que evidencia que o mesmo teria estado com um companheiro num momento de convívio privado. Na noite de sábado, Carlos Fernandes esteve num designado “ambiente gay”, no espaço Fábio Sabor, ao Largo Serpa Pinto em Luanda.

Num comunicado oficial da Associação Íris Angola, da qual o malogrado era líder, os associados informam: “É com profunda tristeza e consternação que a Associação Íris Angola vem informar o passamento físico do nosso diretor geral, irmão, pai, amigo e líder do movimento LGBTQIP+, Carlos Fernandes”.

“Carlos foi encontrado sem vida em sua residência, hoje (26), em circunstâncias a serem confirmadas pelas autoridades. Sua partida deixa um vazio imenso em nossa comunidade e um luto profundo em nossos corações”, escreve a associação, informando que o local do óbito será confirmado dentro de algumas horas.

Em menos de 20 dias, este é o segundo assassinato de um membro da comunidade LBGT de Angola. O primeiro aconteceu no passado dia 15 de fevereiro, quando o advogado Admar Gerson Ornelas Bendrau foi igualmente encontrado por asfixia no seu apartamento, havendo suspeitas sobre um alegado parceiro, motivadas por ciúmes em relação a outro jovem. O caso está a ser investigado pelo Ministério Público, resultando na detenção de um suspeito, que jura não ter sido ele a matar o advogado.