O embaixador de Angola no Reino de Espanha, Alfredo Dombe, é acusado de gestão danosa, abuso de poder, fuga ao fisco e de ser promotor de um ambiente de perseguições e despedimentos. Atrasos no pagamento de salários, subsídios de férias e 13.º mês têm provocado clima tenso entre o chefe da missão diplomática e funcionários.
Trata-se de uma situação recorrente que tem acontecido com frequência na Embaixada de Angola em Espanha e que se tem agudizado durante o consulado de Alfredo Dombe. Há quatro anos, ocorreu um despedimento de cinco funcionários, dentre eles, Elizabeth Ferreira, com mais de 30 anos de casa e a poucos anos da reforma. Despedida em pleno período de pandemia, foi um caso que correu junto dos tribunais espanhóis, tendo a Embaixada de Angola perdido o processo e sido obrigada a pagar uma indeminização, bem como posterior reintegração da funcionária.
Maira Penã, governanta da residência oficial do embaixador (despedida em Janeiro último), e Hadil, motorista com 14 anos de serviço (despedido em Dezembro de 2023), fazem parte dos casos, ambos em processos pouco transparentes e que já deram entrada nos tribunais espanhóis.