Ossanda Liber, candidata da Nova Direita às legislativas, disse no debate dos partidos sem assento parlamentar que não se pode “achar de maneira nenhuma que as empresas no estado em que estão em termos de tesouraria conseguem efetivamente ser dinâmicas”.
O percurso da empresária mostra dificuldades de tesouraria e de gestão. Desde que vive em Portugal, há 20 anos, Ossanda Liber abriu e geriu seis empresas, mas, dessas, apenas uma mantém atividade em 2024.
Pelo meio contam-se dezenas de processos de insolvência, execução de bens e ações no Tribunal de Trabalho. “Como muitos empresários, o meu percurso profissional teve momentos altos e baixos, e a litigância é inerente a este processo”, justifica ao Observador.
Não é isso que pensam, no entanto, os empresários que se cruzaram com a candidata e que se sentem lesados. Um deles — que não se quer identificar, mas que o Observador atestou ser um dos queixosos em tribunal, diz que fica “chocado” quando passa pela Segunda Circular e vê o cartaz da candidata política a “falar em bons costumes”, acusando-a de “má fé” e de “não honrar os seus compromissos”.
A número um do círculo de Lisboa — que concorre pelo partido que se assume “de direita sem medo nem complexos” — diz que a sua vida empresarial começou em 2005 com a criação de uma empresa de audiovisuais, a Filme Couture, responsável pela produção de conteúdos audiovisuais e eventos relacionados com o cinema. “Rapidamente constatei as dificuldades do setor audiovisual e em 2010 decidi avançar com a liquidação e encerramento da empresa”, afirma, justificando a decisão com a aposta em “áreas de
negócios mais promissoras”.