O Plenário da Assembleia Nacional (AN) “chumbou”, esta quarta-feira, o requerimento da UNITA que pretendia introduzir, no período antes da ordem do Dia, a discussão e votação de um voto de protesto “pelo tratamento desigual e parcial dos órgãos de comunicação social públicos aos partidos políticos”.
O requerimento da UNITA obteve 63 votos favoráveis, 78 contra e duas abstenções, durante a 3.ª Reunião Plenária Extraordinária da 2.ªSessão Legislativa da V Legislatura, que idade, a Proposta de Lei de Antidopagem no Desporto. A esse respeito, o deputado António Paulo(na foto), do MPLA, disse que o voto contra ao requerimento da UNITA decorre no sentido de a Assembleia Nacional não poder ser utilizada como arma de arremesso político contra a comunicação social.
“O grupo parlamentar que apresentou esta proposta tem outros mecanismos, no quadro do combate político, para apresentar este protesto, em vez de tentar colocar à Assembleia Nacional contra a comunicação social”, vincou.
Para si, todos têm acompanhado o trabalho que tem sido feito na comunicação social, sublinhando, a este respeito, haver pronunciamentos públicos de melhoria desse trabalho pelo respeito dos direitos fundamentais, nomeadamente da liberdade de imprensa e de informação.
Segundo angop o deputado que se espera do Parlamento é contribuir positivamente para se ultrapassar a questão, em vez de cada grupo parlamentar ou partido politico usar o órgão de soberania como arma de arremesso contra a comunicação social. Por outro lado, a deputada Mihaela Weeba, do grupo parlamentar da UNITA, disse que os órgãos de comunicação social públicos e privados devem respeitar a Constituição e a Lei de Imprensa. Entende que os órgãos de comunicação social devem prestar uma informação verdadeira, objectiva, isenta e imparcial.
Repudiou o facto de, no último fim-de-semana, “termos assistido a transmissão em directo de uma actividade do MPLA, em detrimento de outras realizadas pela UNITA e pelo Bloco Democrático, que não tiveram a mesma amplitude em termos de cobertura dos órgãos de comunicação social públicos”.