Esta quarta-feira, os agricultores voltaram a bloquear o trânsito em toda a Bélgica, França e Itália. Muitos deles, aproximaram-se de Bruxelas, na véspera de uma importante cimeira da União Europeia (UE), numa pressão contínua por melhores preços para os seus produtos e menos burocracia no seu trabalho.
Os protestos tiveram um impacto imediato. A Comissão Executiva da UE anunciou planos para proteger os agricultores das exportações baratas da Ucrânia em tempo de guerra e permitir que os agricultores utilizem algumas terras que foram forçadas a ficar em pousio por razões ambientais. Os planos ainda têm de ser aprovados pelos Estados-membros e pelo Parlamento, mas constituíram uma concessão súbita e simbólica.
O “ponto alto” dos protestos está marcado para amanhã, em Bruxelas. Os agricultores planeiam protestar em frente à sede da UE durante uma cimeira de líderes governamentais. Vão tentar incluir as suas questões na agenda da cimeira e obter algumas concessões relativamente aos encargos financeiros que enfrentam e à concorrência crescente de países tão distantes como o Chile e a Nova Zelândia.
Primeiros detidos em França
Pela primeira vez, a polícia francesa deteve pessoas envolvidas nos protestos dos agricultores. Esta quarta-feira, 18 manifestantes foram detidos quando tentavam bloquear um centro de distribuição alimentar perto de Paris.
Os trabalhadores do setor agrícola pedem melhores salários, ajuda para fazer face ao aumento dos custos e menos regulamentação.
O Governo procurou dar resposta às reivindicações através de uma série de concessões, mas não conseguiu pôr termo à ação generalizada, e esta semana, cidades de todo o país foram alvo de bloqueios