Nesse imbróglio, o presidente da transição, capitão Ibrahim Traoré, apareceu brevemente no domingo por ocasião do Tabaski, sem falar.
Foi neste contexto que os soldados malianos chegaram à capital do Burkina Faso, Ouagadougou.
Graças a plataformas e aplicações de rastreio aéreo, um avião fretado pela empresa russa Abakan Air foi avistado e viajou quatro vezes de Gao, no norte do Mali, para Ouagadougou, entre sábado e segunda-feira.
É um Ilyushin (II-76), uma aeronave de transporte militar que pode acomodar um grande número de homens e grandes quantidades de equipamentos.
O mesmo aparelho realizou ainda diversas viagens de ida e volta entre Bamako e Ouagadougou, segunda-feira e ontem terça-feira.
No total, entre 80 a 120 homens, soldados malianos e mercenários russos de Wagner estão atualmente na capital burquinense.
A sua principal missão é apoiar o presidente de transição, capitão Ibrahim Traoré, cujo poder é considerado “vacinador” há algum tempo.
Trata-se de protegê-lo de um motim, ou mesmo de uma possível tentativa de golpe, para mantê-lo no poder? Ou para evitar qualquer transbordamento até que seja encontrada uma solução para uma forma de “retificação da transição” no Burkina Faso?
Em qualquer caso, estes homens do Mali chegam no momento certo para combater eficazmente as incursões de grupos armados no território burquinense.